Durante quase três horas de reunião, os vereadores de
Votorantim cobraram, nesta terça-feira, 02 de setembro de 2025, respostas dos
secretários sobre o fechamento da UPA Infantil, a manutenção da UTI Neonatal do
Hospital Municipal e a falta de medicamentos nas unidades de saúde. A reunião
foi realizada no plenário da Câmara Municipal e contou com a presença dos
secretários de Saúde, Robertson Magalhães Jordão (Beto Jordão), de
Administração, Claudemir Aparecido Muquem, e de Negócios Jurídicos, Jean Carlos
Nunes Oliveira, que responde interinamente pela Secretaria de Finanças.
Os onze parlamentares estiveram presentes e questionaram a
transferência dos atendimentos pediátricos para a UPA Central, sem que o
Legislativo fosse previamente informado. Os vereadores criticaram a falta de
diálogo e consideraram desrespeitosa a ausência de comunicação oficial. Em
resposta, o secretário de Saúde alegou que se trata de uma “realocação” e não
da paralisação no atendimento e admitiu falhas na comunicação com o
Legislativo.
De acordo com o secretário, a situação financeira na saúde é
grave e foi necessário uma série de cortes em contratos, porém, afirmou o
compromisso de não fecharem a UTI Neonatal neste ano uma vez que o custo mensal
de manutenção é de R$ 550 mil. Diante da cobrança dos parlamentares, o
secretário Jean Oliveira admitiu que não há verba assegurada, e a Prefeitura
estuda alternativas como locar leitos não utilizados para outras cidades.
E quanto ao funcionamento da UPA Infantil, os secretários
garantiram que houve apenas uma realocação do prédio e que as crianças terão
atendimento feito por uma equipe pediátrica especializada e em ambiente
separado dos adultos 24 horas.
Falta de medicamentos
Outra questão que gerou insatisfação entre os parlamentares
foi a falta de mnas farmácias municipais e relataram as inúmeras reclamações
que têm recebido da população e exigiram explicações. O secretário de
Administração, Claudemir Muquem, reconheceu falhas no sistema de compras e
informou que o processo precisou ser refeito quatro vezes, o que atrasou a
entrega. Apesar do atraso, ele garantiu que os medicamentos devem chegar em até
dez dias, após a insistente cobrança de um prazo por parte dos parlamentares.
Transparência e acesso à informação
A dificuldade de acesso a dados no Portal da Transparência
também foi pauta. Vereadores apontaram que além do site estar desatualizado,
sem todas as informações disponíveis, existe ainda o fato de que o acesso
também está mais complicado. Os secretários reconheceram que a falha existe e
afirmaram que pretendem corrigir o problema o mais breve possível.
Vereadores defendem respeito ao Legislativo
Durante a reunião, os parlamentares reforçaram que não
aceitariam mais ser surpreendidos por decisões da Prefeitura que impactam
diretamente a população. “A Câmara precisa ser informada, porque é aqui que
chegam as demandas do povo”, destacou um dos vereadores. A cobrança pela
retomada do diálogo e pelo respeito ao papel fiscalizador do Legislativo marcou
o tom do encontro.
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