quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Câmara rejeita projeto da prefeita que previa renúncia de receita tributária

Por seis votos contrários e quatro favoráveis, a Câmara de Votorantim rejeitou, nesta quarta-feira (28), o Projeto de Lei Ordinária nº 065/2022, de autoria da prefeita Fabíola Alves da Silva Pedrico (PSDB), que autorizava a renúncia de até 5% da receita tributária própria.
 
A sessão legislativa convocada de forma extraordinária durou mais de duas horas e foi tensa. Até mesmo o secretário municipal de Administração, Gabriel Gil Rangel, foi chamado para tentar convencer os vereadores a aprovarem a polêmica matéria.


Apesar de os parlamentares favoráveis tentarem convencer os demais de que a renúncia iria refletir em uma futura redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a apenas sete mil moradores – Votorantim tem mais de 124 mil habitantes –, o próprio secretário afirmou que a matéria não tinha apenas esta finalidade. O projeto também não trazia nenhuma informação. Outro ponto que não ficou claro era que região – nobre ou carente – teria o suposto benefício de redução do IPTU.
 
Além disso, o parecer constitucional ao projeto emitido pela procuradora jurídica da Câmara, Laudiceia Nogueira Soares, sugeria a realização de audiências públicas para debater o assunto. Assim, os vereadores contrários também se apegaram ao fato de terem pouco tempo para discutir os impactos negativos e positivos ao município, caso a proposta fosse aprovada.


Diante de tantas inconsistências existentes no projeto, Gaguinho (PTB), Ita (Cidadania), Luciano Silva (Podemos), Mauro dos Materiais (PTB), Pastor Lilo (União Brasil) e Rogério Lima (PP) optaram por rejeitar a proposta do Executivo. No entanto, sugeriram que outras matérias que foram apresentadas à Casa de Leis sejam melhores explicadas, ou seja, que constem documentos detalhando os futuros projetos de lei.
 
Cesar Silva (Cidadania), Cirineu Barbosa (PMN), Robson Vasco (PSDB) e Thiago Schiming (PSDB) foram os parlamentares que se posicionaram favoráveis ao projeto do Executivo. O presidente da Câmara, Zelão Pereira (PT), só teria direito ao voto em caso de empate, o que não ocorreu.
 
 
 
Fonte:
Vereador Ita (Cidadania)
(15) 99737-4244
Instagram – @itavereador

 

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