O Instituto Moriah, responsável pela gestão da Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) Central e Infantil, além do Hospital de Votorantim
(SP), informou aos funcionários que os salários e rescisões estão atrasados
devido à falta de repasses da prefeitura. A informação consta em um comunicado
interno ao qual o g1 teve acesso, e
que foi divulgado no dia 28 de novembro de 2025 para os trabalhadores.
O g1 tentou
contato com a prefeitura e o Instituto, mas nenhum dos dois retornaram aos
questionamentos feitos pela reportagem.
Segundo o documento, a administração municipal enfrenta
dificuldades financeiras e orçamentárias, o que teria impedido o pagamento das
parcelas destinadas à manutenção das unidades de saúde. O instituto afirma que,
por conta disso, não conseguiu cumprir com os compromissos trabalhistas.
“Assim que o Município efetuar os repasses devidos, todos os
valores pendentes serão imediatamente quitados”, diz o texto.
O Instituto Moriah também reforçou seu compromisso com a
transparência e o respeito aos profissionais que atuam no atendimento à
população. No documento, também disseram que há diálogo constante com a
prefeitura para buscar uma solução rápida para o problema.
A mensagem foi direcionada aos colaboradores das três
unidades geridas pela organização.
O que diz prefeitura e instituto
Até a publicação desta reportagem, a Prefeitura de
Votorantim e o Instituto Moriah não responderam aos questionamentos feitos pelo
g1. Ambas as instituições foram questionadas pela reportagem no final de
semana, com reforça do pedido de resposta ao longo dos últimos dias.
Crise em Votorantim
A gestão do prefeito Weber Manga (Republicanos) anunciou em
setembro um pacote de medidas para conter a crise financeira enfrentada pelo
município.
Entre as ações anunciadas estavam a redução do expediente da
prefeitura para meio período, suspensão de horas extras, corte de marmitex para
servidores e fechamento de prédios públicos, como a UPA Infantil e uma creche
modelo inaugurada em 2024.
Empresas contratadas também reclamam de calotes superiores a
R$ 500 mil, como a fornecedora de marmitex.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) emitiu alertas sobre
arrecadação abaixo da meta e suspendeu licitações. A crise também levou a
paralisações no transporte público, com motoristas alegando falta de pagamento.
Na época, a prefeitura alegou que passava por um problema de
fluxo de caixa e que as medidas eram temporárias para garantir a continuidade
das operações.
Fonte: g1 Sorocaba e Jundiaí





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