Mulher alega negligência com o quadro da criança que,
segundo ela, foi deixada na instituição em condições normais. Em nota,
prefeitura afirma que abriu uma sindicância para investigar o caso.
Uma mulher registrou um boletim de ocorrência após descobrir
que o filho, de dois anos, estava com o fêmur quebrado ao buscá-lo no Centro
Municipal de Educação Infantil (Cmei) Marguerite Guerra, em Votorantim (SP). Em
nota, a prefeitura afirmou que abriu uma sindicância para investigar o caso.
O caso ocorreu na última segunda-feira, 17 de fevereiro de
2025, mas foi levado às autoridades somente na quarta-feira (26). Ao g1, a mãe,
que preferiu não se identificar, afirma que o menino estava em condições
normais quando o levou no colo até a sala de aula.
"Levei ele no colo por estar com muito sono. Ele
chegou, brincou um pouquinho e eu saí. Depois de um tempo, a escola me ligou
dizendo que ele estava bastante chorão e perguntaram se tinha como buscar. Uma
hora depois, cheguei no local após uma reunião de trabalho e me informaram que,
depois de um tempo, ele ficou 'deitadinho' e passou a chorar ainda mais",
conta.
Segundo a mulher, os funcionários da escola informaram que,
anteriormente, o menino estava bem, brincando, comendo e andando de forma
normal. Eles levantaram hipóteses de que poderia ser algo considerado
clinicamente simples, como cólicas e dores abdominais, porém, a própria criança
se queixou à mãe que sentia dores nas pernas.
"Quando peguei meu filho no colo, perguntei a ele o que
aconteceu. Ele apontou a perna direita e eu falei 'tá bom, vou cuidar'. Quando
coloquei ele no carro, percebi que estava bem inchada [a perna]. Fiquei mais
preocupada, então, peguei os documentos e fomos ao hospital", relata.
Ao chegar na unidade de saúde, o aluno foi submetido a
diversos exames. No raio-X, foi descoberto que o fêmur do menino estava
quebrado. Ele foi internado.
"Contei tudo à médica esperando que fosse uma batida,
ou uma picada de um bicho, no máximo. Não tinha nenhum roxo e nenhum arranhado.
No raio-X, ela viu que a perna estava totalmente quebrada. Pediram ambulância,
internação e todos aqueles procedimentos. Fiquei bem assustada", pontua.
Por conta das circunstâncias, a escola e o Conselho Tutelar
foram acionados. A avó decidiu ir à instituição para entender o que havia
acontecido e a mãe alega que a diretora disse que a criança poderia ter chegado
já com o fêmur quebrado.
"Não faz sentido nenhum ele já ter ido com o fêmur
quebrado. Ela quis mudar a história que os outros funcionários já haviam me
contado anteriormente. Eu deixei ele lá em pé, viram ele voltando do café da
manhã, andando de forma normal. Ele ficou um tempo sentindo dor até me
ligarem", destaca.
Atualmente, a criança se recupera de uma operação e está com
as duas pernas imobilizadas, impossibilitando-o de andar.
"Fizemos a solicitação das imagens das câmeras de
segurança e vamos tentar assisti-las. Meu filho está engessado da cintura para
baixo. Não consegue sentar, nem deitar de uma maneira confortável. Acidentes
são normais e acontecem, mas o que não é normal é a atitude da escola de negar
qualquer envolvimento sem nenhuma apuração, se desfazendo de qualquer
responsabilidade. Estou muito preocupada com tudo", finaliza.
Em nota, a Prefeitura de Votorantim afirma que representantes
da Secretaria de Educação fizeram uma reunião com os pais e acompanham o caso.
Além disso, uma sindicância interna foi aberta para uma apuração mais
detalhada.
Fonte: Diogo Del Cistia - g1 Sorocaba e Jundiaí
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