O encontro foi realizado nas dependências da Escola Municipal
Eugênia Maria da Silveira, no Jardim Tatiana |
O primeiro passo é
inserir a língua crioula e a cultura haitiana no ambiente escolar para melhorar
a aprendizagem e a socialização dos estudantes
A presença de sete crianças haitianas matriculadas na Escola
Municipal Eugênia Maria da Silveira, no Jardim Tatiana, motivou a direção da
instituição de ensino a criar o projeto “De mãos dadas”. O objetivo da
ação é inserir a língua crioula e a cultura do país caribenho no ambiente
escolar para melhorar tanto a aprendizagem quanto a socialização dos
estudantes.
A ideia é estender o projeto além dos limites da escola e
atingir os familiares dos alunos estrangeiros. Para isso, uma equipe
multidisciplinar foi montada com a participação de educadores, psicóloga e
assistente social.
O “De mãos dadas” será desenvolvido em cinco etapas.
A primeira foi realizada no início do mês com a apresentação do projeto.
A segunda etapa ocorreu nesta quarta-feira, 15 de setembro
de 2021, nas dependências da Escola Municipal Eugênia Maria da Silveira. O
encontro teve a presença da assistente social Carla Cristina Portela de Jesus
da Mota, especialista em gênero, sexualidade e direitos humanos pela Fiocruz.
Carla representa o Instituto Kayton em Ação, de Sorocaba,
cujo trabalho é desenvolvido com refugiados e imigrantes para a garantia dos
direitos sociais. Diante de funcionários da escola, a palestrante detalhou
características culturais, sociais e comportamentais dos haitianos para as
crianças serem melhor atendidas por parte dos profissionais da instituição de
ensino.
No terceiro encontro, possivelmente no fim de setembro, a
escola receberá os familiares dos alunos haitianos. Nesse dia, os convidados
ganharão uma cartilha desenvolvida pela instituição de ensino com informações
em português e em crioulo.
O conteúdo da cartilha terá nome, endereço e telefone de
locais públicos da região do Jardim Tatiana, na qual as famílias vivem. A lista
contará com dados de escolas, do Centro de Referência da Assistência Social
(Cras) e unidade de saúde. O objetivo é facilitar o acesso desses imigrantes,
os quais ainda não compreendem a língua portuguesa.
A penúltima etapa do projeto já contará com o aprendizado da
língua crioula. Funcionários da escola serão ensinados a falar frases do dia a
dia, importantes para as crianças, relacionadas à alimentação, saúde e higiene
pessoal.
Na prática, as portas terão as palavras grifadas em
português e crioulo. O mesmo ocorrerá em bebedouros, no banheiro e no
refeitório.
O encerramento do projeto terá um novo encontro das famílias
haitianas. A ideia é promover apresentações culturais do país.
Fonte: SECOM Votorantim
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