Neste mês foram
coletadas amostras de sangue de cães para o exame de diagnóstico da doença no
bairro Santa Márcia
A Zoonoses de Votorantim, está
realizando um programa de prevenção contra a leishmaniose visceral canina
(LVC). O trabalho é permanente e consiste no monitoramento e orientação da
doença, a fim de evitar novos casos em humanos.
Nos dias 17 e 19 de agosto de 2021, os agentes da Zoonoses
participaram de um treinamento teórico e prático aplicado pela Superintendência
de Controle de Endemias (Sucen). O objetivo foi desenvolver um trabalho de
identificação de imóveis com indicadores de risco para a transmissão da LVC na
cidade.
Ainda nesse mês foram coletadas amostras de sangue em cães
do bairro Santa Márcia, após autorização e permissão dos tutores. O material
foi usado para exame de diagnóstico da LVC, com o objetivo de monitorar o
aumento de casos na região.
Neste ano, a Zoonoses registrou 107 casos suspeitos de LVC.
Desse total, 39 foram confirmados.
O bairro Santa Márcia possui sete casos confirmados de LVC.
Segundo a Zoonoses, é uma das regiões com o maior número de notificações de
cães infectados com a doença em 2021.
Assim como no Santa Márcia, a Zoonoses também planeja
executar o programa no Parque Bela Vista, nos meses de setembro e novembro.
Atualmente, o bairro está com oito casos confirmados.
A Zoonoses explica que a doença é transmitida ao homem e aos
animais somente através da picada do inseto infectado pela Leishmania (L.)
chagasi, chamado popularmente de “mosquito palha”. Os cachorros são descritos
como o principal reservatório da doença, pois são mais expostos à infecção e
possuem uma relação mais próxima com os seres humanos.
Vale lembrar que não existe uma única forma de prevenção
dessa doença. É necessário um conjunto de medidas para combater a leishmaniose
visceral canina.
Formas de prevenção
- Realização de manejo ambiental, visando a modificação ou
eliminação de criadouros que possam favorecer a proliferação do mosquito
através da retirada de material orgânico do ambiente, pois os ovos do “mosquito
palha” são depositados em locais sombreados e que tenham lixo, fezes de animais
ou material vegetal em decomposição;
- Uso de coleiras com efeito inseticida e repelente nos
cães, específica para o controle desta doença;
- Implantação de telas com tramas de no máximo 1 mm em
portas e janelas;
- Evitar passeios noturnos com os cães, pois o mosquito
apresenta maior atividade ao anoitecer.
Legislação.
A presença de porcos, galinhas, cavalos, bovinos e caprinos
na zona urbana, próximos às habitações humanas, é um fator de risco para a
aquisição de leishmaniose visceral humana e canina. Esse cenário possibilita um
aumento do número dos insetos transmissores (flebótomos), pois se alimentam do
sangue desses animais, podendo vir a alimentarem-se também de sangue humano e
de cães.
Além disso, a matéria orgânica originada (fezes) é um
terreno propício para que os insetos transmissores (flebótomos) depositem seus
ovos. Dessa forma, eles mantêm seu ciclo de vida.
Uma Lei Municipal 1.903 de 27 de setembro de 2006 proíbe
criar, manter ou tratar animais de produção de ovos em regime domiciliar que
produzam mau cheiro ou perturbem o sossego diurno ou noturno em Votorantim.
Desde que provoquem incômodo e tornem-se inconvenientes ao bem-estar da
vizinhança.
Fonte: SECOM Votorantim
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