domingo, 22 de fevereiro de 2015

Sua fé está em quem?

Publicação de esclarecimento de nosso Bispo
Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues
15 de fevereiro de 2015 

Foto da internet
“Esclarecendo

A participação nas celebrações sacramentais de outras confissões cristãs, sobretudo na comunhão eucarística, só é lícita, em caráter extraordinário, havendo uma plena comunhão de fé nas verdades, cridas pela Igreja, sobre a Eucaristia. É assim que a Igreja Católica, fiel ao Sumo Pontífice, o Papa, permite que um fiel católico participe da Eucaristia celebrada por um sacerdote ortodoxo quando falta para esse fiel a celebração por um sacerdote católico. O sacerdote católico pode admitir, em condições semelhantes, que um fiel ortodoxo receba os sacramentos de suas mãos. (CDC cân 844). Em se tratando de outras confissões, o mesmo não é possível.
Esta posição da Igreja Católica, em nada prejudica o ecumenismo, pelo contrário convida-nos a buscar o diálogo e a oração comum para suplicar de Deus a graça da Unidade Visível. O Papa Francisco e o Patriarca de Cosntantinopla, Bartolomeu I, em declaração conjunta de 14 de maio do ano passado, nos ajudam a compreender o porquê de não ser possível ainda a participação na mesma Eucaristia:
“Bem cientes de que a unidade se manifesta no amor de Deus e no amor do próximo, olhamos com ansiedade para o dia em que poderemos finalmente participar juntos no banquete eucarístico. Como cristãos, somos chamados a preparar-nos para receber este dom da comunhão eucarística, segundo o ensinamento de Santo Ireneu de Lião (Contra as Heresias, IV, 18, 5: PG 7, 1028), através da confissão de uma só fé, a oração perseverante, a conversão interior, a renovação da vida e o diálogo fraterno. Ao alcançar esta meta esperada, manifestaremos ao mundo o amor de Deus, pelo qual somos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo (cf. Jo 13, 35)”.
É realmente muito triste que professando a mesma fé na eucaristia o Papa Francisco e o Patriarca não tenham podido ainda concelebrar a santa Eucaristia, sacramento maior da unidade da Igreja. É que ambos estão conscientes que não estão ainda plenamente unidos na profissão da totalidade da fé. Há ainda um longo caminho a percorrer. É uma questão de coerência, fidelidade á própria fé, e de humildade.
A ruptura do Pe. Theodoro com a Igreja Católica vai na contramão da atitude do Papa. Aprofunda, entre nós, a ferida da divisão entre cristãos. A situação em Sorocaba é de especial gravidade e exige dos párocos, diáconos e fieis uma atitude de verdadeira caridade e de firmeza na fé, ajudando a esclarecer os fieis que, por se sentirem ligados ao Pe. Theodoro, têm dificuldade de entender as consequências de sua decisão de mudar de Igreja, aceitando inclusive o Episcopado de origem anglicana.
Não é coerente que alguém, que participa da eucaristia em nossas paróquias, continue participando da eucaristia em templos de outras Confissões. Peca contra a unidade.
Por mais amizade que eu possa ter, por ex., a um ministro de outra confissão - Igreja - não posso participar da eucaristia por ele celebrada. É isto que nos é ensinado pelo exemplo do Papa Francisco no diálogo com o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, citado acima.
Lembro de novo que fieis de nossa Igreja, se seguem o Pe. Theodoro nessa inesperada mudança, tornam-se cismáticos e incorrem na pena de excomunhão “latae sententiae” (Can. 1364 - § 1.)
Atenção: o Arcebispo de Sorocaba não excomunga ninguém, trata-se de uma pena imposta pelo Direito Canônico. Apenas declara para conhecimento dos fieis.”


Veja também: Minha-Igreja

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