terça-feira, 18 de novembro de 2014

Coleta do Lixo - Coleta Seletiva

Estudo, análise e opinião sobre o 
sistema de coleta de lixo urbano e coleta seletiva.



O mesmo texto do vídeo está abaixo:

Coleta do Lixo – Coleta Seletiva

Gostaria de levantar esta reflexão: o sistema de coleta de lixo na cidade não está ultrapassado?
Os próprios funcionários que executam esse serviço, já não o fazem com a eficiência ao recolhê-lo das vias públicas. Ao despejarem os lixos nos canteiros, caso estoure o saco de lixo, não será recolhido. O sistema atual faz com que consideremos normal o lixo no meio da cidade.
Para refletirmos: a maneira como é coletado o lixo na cidade, instiga o munícipe a despejar o lixo nas vias públicas, porque, para que o lixo urbano seja recolhido, os munícipes são obrigados a coloca-lo nas vias. Nossa cultura de limpeza pública não nos ajuda, não temos histórico que nos leve, naturalmente, a retirar a sujeira quando a vemos, e neste sistema, somos treinados a descartar o lixo nas ruas.
Outra situação. É interessante conseguirmos liberação ambiental para aumentarmos a área onde é executado o aterro do lixo que é coletado na cidade, ou trabalharmos, em conjunto com a Região Metropolitana de Sorocaba criando um consórcio, com uma empresa especializada privada, na coleta, seleção e destinação menos agressiva ao meio ambiente? Já que a coleta do lixo e recicláveis é um problema global?
Há mais de cinco décadas, nas grandes cidades dos países desenvolvidos, o modelo tradicional e ultrapassado de recolhimento de lixo urbano começou a ser criticado por causa de seu impacto ambiental e suas consequências para a saúde pública. O custo das operações de coleta também era um fator de grande preocupação para as administrações públicas. Estudos e pesquisas feitos na Escandinávia, Alemanha, EUA e Japão levaram a criação de um sistema de coleta pneumática, ainda mais avançado do que está sendo implantado em São Paulo, algumas regiões estão sendo colocadas caçambas seletivas subterrânea. Essa tecnologia, sucção pneumática, permite recolher os sacos de lixo das casas e estabelecimentos comerciais por meio de tubulações subterrâneas que, por vácuo, os levam às centrais de coleta.
Desde os jogos olímpicos de 1992, Barcelona investe na coleta pneumática de resíduos sólidos. Hoje, a cidade conta com mais de 40 quilômetros de rede subterrânea de sucção, 8 centrais de coleta e 2,1 mil pontos de entrada. Os coletores separam lixo orgânico, vidro, papel e plástico, com significativa economia de custos operacionais, incentivando a reciclagem.
No Japão há investimentos contínuos e sérios para a cultura da higiene, desde a tenra idade, as crianças aprendem que lixo tem que jogar no cesto ou levar para a casa. Os bolsos ficam cheios de embalagens de balas, lenços de papel, etc...
As donas de casa, empresas e estabelecimentos comerciais limpam a calçada, estacionamento e ao redor todas as manhãs, inclusive recolhem as folhas que caem das árvores, evitando assim problemas como entupir bueiros.
 A comunidade, a associação de bairro, os condomínios fazem mutirão de limpeza periodicamente, para manterem limpo as instalações e arredores, inclusive retirando o capim ou matinho.
Em todos os locais é encontrado cestos de lixos, seja em estabelecimentos comerciais, órgãos governamentais, bancos, hospitais, escolas, shopping, supermercados, máquinas de refrigerantes, praias, parques, iguais aqui, só que lá tem uma cultura de não descartar o material indevidamente.
De um modo em geral (há exceções também) as ruas estão limpas, mesmo após um evento, onde, quando o há, os próprios organizadores providenciam a limpeza.
Jogar o lixo corretamente, separar os materiais recicláveis, são atitudes que contribuem para reduzir a poluição. O governo japonês realiza campanhas de conscientização: “Gomi zero” – esclarecimentos à população com relação a jogar lixo nas ruas, lembram-se do exemplo nos estádios da Copa? “Poi sute” – orientação sobre separação de lixos recicláveis, recolher fezes de animais de estimação em passeios, etc ... Mesmo num nível alto de cultura, eles fazem reciclagem e motivação para não perde-la.
          E para mudar a cultura popular, levam-se gerações. Por isso, é interessante começarmos já.
          É inconcebível aceitar a idéia, nas últimas eleições de 2014, do prefeito de Sorocaba, afirmando que a sujeira deixada pelos partidos políticos são como confetes de carnaval, pertencente a nossa cultura.
          Na avenida Carmem Galan Burgos, Jardim Archila, Vootrantim, a área verde, do lado da Escola Estadual, ao mesmo tempo em que há munícipes interessados em preservar, melhorar o ambiente em que vive, há outros, que não tem interesse nenhum e acreditam, que o que não serve em sua casa pode ser despejado em qualquer área, são seres que não tem a capacidade de visualizar que estão cometendo um crime, que podem ser punidos.
          As caçambas utilizadas em Votorantim, que estão colocadas em alguns pontos da cidade para receberem o lixo urbano, é um sistema ultrapassado, porque ficam expostas em vias públicas atrapalhando o tráfego de veículos. Elas ocupam espaços das vias e se tornam objetos inconvenientes e perigosos na cidade, aumentando também, a poluição visual.
          De imediato, como é uma solução atual, elas precisam ser colocadas em áreas principalmente onde há maior fluxo de pessoas, ou seja, em áreas comerciais, como o exemplo da Av. Octávio Augusto Rangel, mas, poderiam ser caçambas subterrâneas. Devido a falta da caçamba, todos os dias temos um pacote de lixo na avenida, quando não na calçada, ele é colocado no meio do jardim.

Esta é a nossa visão, comentem, reflitam divulguem suas opiniões.
Para mudarmos nossa realidade em busca de melhorarmos a nossa comunidade, precisamos agir.



Serginho Groisman mostra o trabalho e a limpeza nas ruas de Tóquio, clique abaixo:


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