Estudo, análise e opinião sobre o
sistema de coleta de lixo urbano e coleta seletiva.
O mesmo texto do vídeo está abaixo:
Coleta do
Lixo – Coleta Seletiva
Gostaria de
levantar esta reflexão: o sistema de coleta de lixo na cidade não está
ultrapassado?
Os próprios
funcionários que executam esse serviço, já não o fazem com a eficiência ao
recolhê-lo das vias públicas. Ao despejarem os lixos nos canteiros, caso
estoure o saco de lixo, não será recolhido. O sistema atual faz com que
consideremos normal o lixo no meio da cidade.
Para
refletirmos: a maneira como é coletado o lixo na cidade, instiga o munícipe a
despejar o lixo nas vias públicas, porque, para que o lixo urbano seja
recolhido, os munícipes são obrigados a coloca-lo nas vias. Nossa cultura de
limpeza pública não nos ajuda, não temos histórico que nos leve, naturalmente,
a retirar a sujeira quando a vemos, e neste sistema, somos treinados a
descartar o lixo nas ruas.
Outra
situação. É interessante conseguirmos liberação ambiental para aumentarmos a
área onde é executado o aterro do lixo que é coletado na cidade, ou
trabalharmos, em conjunto com a Região Metropolitana de Sorocaba criando um
consórcio, com uma empresa especializada privada, na coleta, seleção e
destinação menos agressiva ao meio ambiente? Já que a coleta do lixo e
recicláveis é um problema global?
Há
mais de cinco décadas, nas grandes cidades dos países desenvolvidos, o modelo
tradicional e ultrapassado de recolhimento de lixo urbano começou a ser
criticado por causa de seu impacto ambiental e suas consequências para a saúde
pública. O custo das operações de coleta também era um fator de grande
preocupação para as administrações públicas. Estudos e pesquisas feitos na
Escandinávia, Alemanha, EUA e Japão levaram a criação de um sistema de coleta
pneumática, ainda mais avançado do que está sendo implantado em São Paulo,
algumas regiões estão sendo colocadas caçambas seletivas subterrânea. Essa
tecnologia, sucção pneumática, permite recolher os sacos de lixo das casas e
estabelecimentos comerciais por meio de tubulações subterrâneas que, por vácuo,
os levam às centrais de coleta.
Desde
os jogos olímpicos de 1992, Barcelona investe na coleta pneumática de resíduos
sólidos. Hoje, a cidade conta com mais de 40 quilômetros de rede subterrânea de
sucção, 8 centrais de coleta e 2,1 mil pontos de entrada. Os coletores separam
lixo orgânico, vidro, papel e plástico, com significativa economia de custos
operacionais, incentivando a reciclagem.
No
Japão há investimentos contínuos e sérios para a cultura da higiene, desde a
tenra idade, as crianças aprendem que lixo tem que jogar no cesto ou levar para
a casa. Os bolsos ficam cheios de embalagens de balas, lenços de papel, etc...
As
donas de casa, empresas e estabelecimentos comerciais limpam a calçada,
estacionamento e ao redor todas as manhãs, inclusive recolhem as folhas que
caem das árvores, evitando assim problemas como entupir bueiros.
A comunidade, a associação de bairro, os
condomínios fazem mutirão de limpeza periodicamente, para manterem limpo as
instalações e arredores, inclusive retirando o capim ou matinho.
Em todos os
locais é encontrado cestos de lixos, seja em estabelecimentos comerciais,
órgãos governamentais, bancos, hospitais, escolas, shopping, supermercados,
máquinas de refrigerantes, praias, parques, iguais aqui, só que lá tem uma
cultura de não descartar o material indevidamente.
De um modo
em geral (há exceções também) as ruas estão limpas, mesmo após um evento, onde,
quando o há, os próprios organizadores providenciam a limpeza.
Jogar o lixo
corretamente, separar os materiais recicláveis, são atitudes que contribuem
para reduzir a poluição. O governo japonês realiza campanhas de
conscientização: “Gomi zero” – esclarecimentos à população com relação a jogar
lixo nas ruas, lembram-se do exemplo nos estádios da Copa? “Poi sute” –
orientação sobre separação de lixos recicláveis, recolher fezes de animais de
estimação em passeios, etc ... Mesmo num nível alto de cultura, eles fazem
reciclagem e motivação para não perde-la.
E
para mudar a cultura popular, levam-se gerações. Por isso, é interessante
começarmos já.
É
inconcebível aceitar a idéia, nas últimas eleições de 2014, do prefeito de
Sorocaba, afirmando que a sujeira deixada pelos partidos políticos são como
confetes de carnaval, pertencente a nossa cultura.
Na
avenida Carmem Galan Burgos, Jardim Archila, Vootrantim, a área verde, do lado
da Escola Estadual, ao mesmo tempo em que há munícipes interessados em
preservar, melhorar o ambiente em que vive, há outros, que não tem interesse
nenhum e acreditam, que o que não serve em sua casa pode ser despejado em
qualquer área, são seres que não tem a capacidade de visualizar que estão
cometendo um crime, que podem ser punidos.
As
caçambas utilizadas em Votorantim, que estão colocadas em alguns pontos da
cidade para receberem o lixo urbano, é um sistema ultrapassado, porque ficam
expostas em vias públicas atrapalhando o tráfego de veículos. Elas ocupam
espaços das vias e se tornam objetos inconvenientes e perigosos na cidade,
aumentando também, a poluição visual.
De
imediato, como é uma solução atual, elas precisam ser colocadas em áreas
principalmente onde há maior fluxo de pessoas, ou seja, em áreas comerciais,
como o exemplo da Av. Octávio Augusto Rangel, mas, poderiam ser caçambas
subterrâneas. Devido a falta da caçamba, todos os dias temos um pacote de lixo
na avenida, quando não na calçada, ele é colocado no meio do jardim.
Esta é a nossa visão, comentem,
reflitam divulguem suas opiniões.
Para mudarmos nossa realidade em busca
de melhorarmos a nossa comunidade, precisamos agir.
Serginho Groisman mostra o trabalho e
a limpeza nas ruas de Tóquio, clique abaixo:
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